Situação preocupante vem se agravando em São Sebastião do Paraíso, onde inúmeros pontos da cidade têm servido a moradores, construtores e até à estabelecimentos comercias, para descartes de lixos e entulhos dos mais variados tipos: roupas, materiais de construção, restos de madeiras, produtos alimentares com prazo de validade vencido e mesmo alguns materiais hospitalares.

A reportagem do Jornal do Sudoeste visitou alguns locais da cidade onde situação tem se tornado crítica. Um dos pontos que mais chamou a atenção foi nos arredores da Igreja da Noca, saída para estrada vicinal sentido bairro rural Antinha, e Volpes, que também dá acesso a São Tomás e Goianases. O lugar tem se assemelhado a um lixão. No local, o “J.S” conversou com funcionários da prefeitura que faziam a coleta de parte do lixo que se concentra naquela área. Os funcionários disseram que situação já é antiga e que as visitas ao local para tirar parte do lixo são regulares, o que não tem resolvido. De acordo com eles, aquela região já esteve em pior estado.

“Recentemente esteve uma máquina da usina de cana aqui neste local que empurrou grande parte dos entulhos que se encontravam aos montes nesta área para o fundo. É muito comum o pessoal usar este local para descartar lixo de qualquer maneira, tanto da zona rural, como da própria cidade”, relatou um dos funcionários. Os coletores ainda chegaram a contar que em uma dessas visitas ao local para fazer retirada de lixo, chegaram a remover seringas contendo sangue, além de outros materiais. Próximo à Igreja da Noca ainda há a presença de duas caçambas, nas quais foram ateadas fogo para queimar o lixo excedente que se encontravam nelas.

A situação também se repete em regiões como a entrada para a zona rural do Morro Vermelho, a entrada para o distrito da Guardinha, no final do bairro Rosentina Rosa de Figueiredo, e em bairros da cidade como o Jardim Daniela, próximo ao Verona, entre vários outros locais. Em algumas regiões há placas alertando sobre a proibição de descarte de lixo e entulhos nos locais e informa também o telefone da Secretaria Municipal do Meio Ambiente para denúncias. 

O Jornal do Sudoeste, em um dos pontos de acúmulo de entulhos e lixos entrou em contato com a Secretaria de Meio Ambiente para questionar se o município teria conhecimento da situação dessas regiões e se estava sendo feito fiscalizações nas áreas para identificar quem anda usando desta prática proibida por lei. No entanto, por telefone uma assessora da secretaria de Meio Ambiente, Yara de Lourdes Souza Borges, pediu que informasse que ela entraria em contato com o “JS”, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno.

Matéria publicada na edição 1930 do Jornal do Sudoeste,
São Sebastião do Paraíso